Sunday, September 30, 2012

'Streifzüge in Amazonien', um texto pouco conhecido de Nimuendajú

por Peter Schröder*

Streifzüge in Amazonien” é um artigo pouco conhecido de Nimuendajú, talvez porque o próprio periódico onde foi publicado não existe mais. O Ethnologischer Anzeiger (‘diário etnológico’), hoje em dia quase esquecido, existiu de 1928 a 1944 e teve como editores Martin Heydrich (1889-1969) e Georg Buschan (1863-1942).

Monday, September 17, 2012

Notas sobre os Botocudo, por Marlière, em "O Universal" (1825)


A Biblioteca Nacional está disponibilizando online sua hemeroteca, que abrange os primeiros jornais brasileiros de âmbito nacional, como o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro, além de muitos periódicos provinciais pioneiros. Dentre os jornais das províncias, a Hemeroteca Digital Brasileira oferece a coleção completa de O Universal, o periódico mineiro de maior longevidade no conturbado período do Primeiro Reinado e das Regências.



Sunday, August 19, 2012

Die Aruaken — um clássico da etnologia sul-americanista

por Peter Schröder*

Die Aruaken: ein Beitrag zum Problem der Kulturverbreitung, livro raro que apenas pode ser encontrado em poucos sebos, é uma síntese dos conhecimentos sobre os povos indígenas falantes de línguas aruaque, ou Aruak/ Arawak, no período antes da Primeira Guerra Mundial. É um estudo clássico de suma importância para os estudos comparativos dos povos aruaques, como pode ser observado pela leitura de diversos artigos na coletânea organizada por Jonathan Hill e Fernando Santos-Granero (Comparative Arawakan Histories: Rethinking Language Family and Culture Area in Amazonia. Urbana, Chicago: University of Illinois Press, 2002). A única tradução para o português, de autoria desconhecida, encontra-se depositada na biblioteca do PPGAS do Museu Nacional/UFRJ e até pode ser consultada online, porém não tem o mapa anexado do original. Por isso, é muito proveitoso que a Biblioteca Digital Curt Nimuendajú tenha disponibilizado a versão original digitalizada aos interessados.

Sunday, July 8, 2012

Quinhentos anos de nomenclatura zoológica popular


por Nelson Papavero*

Em colaboração com o Prof. Dr. Dante Martins Teixeira, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está em elaboração, desde 1999, um "Dicionário dos nomes populares dos animais do Brasil. Quinhentos anos de nomenclatura zoológica popular". Essa obra conta atualmente com cerca de 55.000 verbetes, extraídos de mais de 9.000 referências (desde 1500 até o presente), incluindo todas as variantes dos nomes encontradas.

Friday, June 22, 2012

George Gardner entre os índios do sertão


O naturalista escocês George Gardner (1810-1849) esteve no Brasil entre 1836 e 1841, dedicando-se especialmente à exploração de áreas de cerrado e caatinga no interior do país.  Embora de interesse eminentemente botânico, o relato de suas viagens  Travels in the interior of Brazil, publicado originalmente em 1846  contém preciosas informações sobre os costumes das populações com as quais esteve em contato. Com o olhar crítico típico do cientista britânico do século XIX, Gardner oferece testemunho um tanto objetivo da vida conturbada (com rebeliões e movimentos messiânicos) e miserável dos habitantes do interior. 

Saturday, February 25, 2012

Nomenclatura anatômica na Língua Brasílica

por Emerson José Silveira da Costa*

Em 1937 Plínio Ayrosa publicava em forma impressa a transcrição do manuscrito "Nomes das partes do corpo humano pella lingua do Brasil", constante da coleção Brasiliana de Félix Pacheco que fora adquirida pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O longo título original informa que o opúsculo fora redigido em 1613 por Pero de Castilho, da Companhia de Jesus, com o intuito de servir de subsídio "aos confessores que se ocupam no ministério de ouvir confissões e ajudar os índios".

O manuscrito tem duas partes, uma parte tupi—português (com 257 entradas) e outra português—tupi (com 182 entradas). As diferenças entre as ortografias das duas partes, tanto em termos tupis quanto em portugueses, são marcantes. Ayrosa concluiu que a segunda parte foi elaborada por algum copista a partir da primeira, mas seguindo suas próprias preferências ortográficas. O manuscrito em si é uma cópia feita em 1622.