Wednesday, December 9, 2015

Um cowboy alemão nos sertões do Brasil

por Elena Welper*

Em tempo de celebração dos 70 anos da morte de Curt Nimuendajú (17/04/1883-10/12/1945), surge mais uma vez a oportunidade de falar sobre este pesquisador autodidata que é hoje consagrado como um dos fundadores da etnologia brasileira. Não caberá aqui, porém, repetir a apresentação biográfica que acompanha os tantos escritos sobre sua a vida e obra, mas penso ser interessante recuperar algumas imagens que oferecem uma perspectiva mais subjetiva de suas experiências etnográficas.

Wednesday, December 2, 2015

An unpublished English translation of Ploetz & Métraux (1930)


The material civilization and social and religious life ofthe Žè Indians of Southern and Eastern Brazil is an English translation of an article originally published in French in the Revista del Instituto de Etnología de la Universidad Nacional de Tucumán (1930), an Argentinian journal then under the editorship of Alfred Métraux.1 So far unpublished, the carbon-copied typewritten manuscript was located among the collection of bibliographical materials on Jê and Macro-Jê groups compiled by anthropologist William Crocker (Curator Emeritus, NMNH/Smithsonian Institution) throughout his long and productive career. Digitized by Barbara Watanabe (Museum Specialist, NMNH/Smithsonian Institution), the document is here made publicly available for the first time.2

The manuscript contains a number of handwritten corrections, and was obviously based on the published version, since the corresponding page numbers are indicated in the margins. The precise date of the translation, as well as the translator's identity, remain unknown. It is rather likely, however, that the translation was not made by Métraux himself, since it contains mistakes which he would have avoided. The handwritten corrections, on the other hand, are probably in Métraux's own hand.3

Saturday, April 25, 2015

"Promiscuidade que desmoraliza o civilizado e aniquila o índio"

por Salvador Pane Baruja*
“Vergonhosa é a usurpação, em conivência com as autoridades, das últimas terras ocupadas pelas tribos (…) como também o é o estado de promiscuidade sórdida que tanto desmoraliza o civilizado como aniquila o índio”. (Curt Nimuendajú, “Algumas considerações sobre o problema do indio no Brazil”)
A frase acima, extraída desse inédito documento incluído na primeira biografia de Curt Nimuendajú em português, aponta para o que, aparentemente, ele considerava ser o aspecto central das relações entre indígenas e não-indígenas: a extinção física e religioso-cultural dos primeiros significava perdas morais e civilizatórias para os últimos.