![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhksyWEUM5ru6ZHym4PnAjWBUxyGS2BZ_dLI1YMZZb1AI492HiYFwGlVqRy_RPWsPjbHy_ve2c0zKxq11i3zfXN9BsMhpalhkkAb7V1I4rLqmPkCeem84mTbkdND8V56lknNkW9dsrRcuE/s320/karaja.bmp)
Em meados de 1945, o jornalista, escritor e esperantista Tibor Sekelj (1912-1988) percorreu o Rio Araguaia, desde Aragarças à ponta norte da Ilha do Bananal, visitando aldeias Karajá e Javaé. Além de servir de inspiração para o livro infantil Kumeŭaŭa, la filo de la ĝangalo ('Kumewawa, o filho da floresta', publicado originalmente em esperanto), a viagem resultou no artigo "Excursión a los Indios del Araguaia" (1948), que acaba de ser incluído na Biblioteca Digital Curt Nimuendaju. Enviado por Hélène Brijnen (Leiden), trata-se de uma fonte muito pouco conhecida sobre os Karajá/Javaé, não tendo sido mencionada em nenhum dos trabalhos publicados sobre a língua e a cultura deste povo.
![Kumewawa, o filho da floresta (versão em sérvio)](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE-cpAi9AxyGE2o5bYGF6VMnQYSDacw0sY3QcAV7akwlvy-j7o-8qI6v_2pkMDo3GfqlpD2D02QdY4vbt6MRhrwhdL4xG6AwbNbsZRNiV1F-tNkil7VTk1WXxQwjCe5g96qITIbnP-DrI/s320/kumewawa.jpg)
O artigo inclui, além de informações etnográficas e fotos do cotidiano Karajá, um vocabulário Karajá-espanhol, fornecido por indivíduos da aldeia Karajá do Sul de Aruanã (então Leopoldina), Goiás. A transcrição do vocabulário é razoavelmente confiável (principalmente quando comparada com a de vocabulários anteriores, e mesmo com obras de alguns contemporâneos, como Frei Luiz Palha). O vocabulário de Sekelj é particularmente útil para corroborar outras fontes da mesma época. Um exemplo é o empréstimo maritó 'paletó', que eventualmente viria a cair em desuso; documentado por Sekelj e Brito Machado, é um item útil para ilustrar adaptações fonológicas de empréstimos em uma época em que os Karajá tinham menor familiaridade com o português.
Leia mais: Sobre o autor (Wikipédia, Esperanto.Net); Kumewawa, o filho da floresta (em sérvio); sobre a revista Runa: Archivo para las Ciencias del Hombre.
![Kumewawa, o filho da floresta (versão em sérvio)](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE-cpAi9AxyGE2o5bYGF6VMnQYSDacw0sY3QcAV7akwlvy-j7o-8qI6v_2pkMDo3GfqlpD2D02QdY4vbt6MRhrwhdL4xG6AwbNbsZRNiV1F-tNkil7VTk1WXxQwjCe5g96qITIbnP-DrI/s320/kumewawa.jpg)
O artigo inclui, além de informações etnográficas e fotos do cotidiano Karajá, um vocabulário Karajá-espanhol, fornecido por indivíduos da aldeia Karajá do Sul de Aruanã (então Leopoldina), Goiás. A transcrição do vocabulário é razoavelmente confiável (principalmente quando comparada com a de vocabulários anteriores, e mesmo com obras de alguns contemporâneos, como Frei Luiz Palha). O vocabulário de Sekelj é particularmente útil para corroborar outras fontes da mesma época. Um exemplo é o empréstimo maritó 'paletó', que eventualmente viria a cair em desuso; documentado por Sekelj e Brito Machado, é um item útil para ilustrar adaptações fonológicas de empréstimos em uma época em que os Karajá tinham menor familiaridade com o português.
Leia mais: Sobre o autor (Wikipédia, Esperanto.Net); Kumewawa, o filho da floresta (em sérvio); sobre a revista Runa: Archivo para las Ciencias del Hombre.