Sunday, July 8, 2012

Quinhentos anos de nomenclatura zoológica popular


por Nelson Papavero*

Em colaboração com o Prof. Dr. Dante Martins Teixeira, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está em elaboração, desde 1999, um "Dicionário dos nomes populares dos animais do Brasil. Quinhentos anos de nomenclatura zoológica popular". Essa obra conta atualmente com cerca de 55.000 verbetes, extraídos de mais de 9.000 referências (desde 1500 até o presente), incluindo todas as variantes dos nomes encontradas.

Friday, June 22, 2012

George Gardner entre os índios do sertão


O naturalista escocês George Gardner (1810-1849) esteve no Brasil entre 1836 e 1841, dedicando-se especialmente à exploração de áreas de cerrado e caatinga no interior do país.  Embora de interesse eminentemente botânico, o relato de suas viagens  Travels in the interior of Brazil, publicado originalmente em 1846  contém preciosas informações sobre os costumes das populações com as quais esteve em contato. Com o olhar crítico típico do cientista britânico do século XIX, Gardner oferece testemunho um tanto objetivo da vida conturbada (com rebeliões e movimentos messiânicos) e miserável dos habitantes do interior. 

Saturday, February 25, 2012

Nomenclatura anatômica na Língua Brasílica

por Emerson José Silveira da Costa*

Em 1937 Plínio Ayrosa publicava em forma impressa a transcrição do manuscrito "Nomes das partes do corpo humano pella lingua do Brasil", constante da coleção Brasiliana de Félix Pacheco que fora adquirida pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O longo título original informa que o opúsculo fora redigido em 1613 por Pero de Castilho, da Companhia de Jesus, com o intuito de servir de subsídio "aos confessores que se ocupam no ministério de ouvir confissões e ajudar os índios".

O manuscrito tem duas partes, uma parte tupi—português (com 257 entradas) e outra português—tupi (com 182 entradas). As diferenças entre as ortografias das duas partes, tanto em termos tupis quanto em portugueses, são marcantes. Ayrosa concluiu que a segunda parte foi elaborada por algum copista a partir da primeira, mas seguindo suas próprias preferências ortográficas. O manuscrito em si é uma cópia feita em 1622.