por Emerson José Silveira da Costa*
Em 1937 Plínio Ayrosa publicava em forma impressa a transcrição do manuscrito "Nomes das partes do corpo humano pella lingua do Brasil", constante da coleção Brasiliana de Félix Pacheco que fora adquirida pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O longo título original informa que o opúsculo fora redigido em 1613 por Pero de Castilho, da Companhia de Jesus, com o intuito de servir de subsídio "aos confessores que se ocupam no ministério de ouvir confissões e ajudar os índios".
O manuscrito tem duas partes, uma parte tupi—português (com 257 entradas) e outra português—tupi (com 182 entradas). As diferenças entre as ortografias das duas partes, tanto em termos tupis quanto em portugueses, são marcantes. Ayrosa concluiu que a segunda parte foi elaborada por algum copista a partir da primeira, mas seguindo suas próprias preferências ortográficas. O manuscrito em si é uma cópia feita em 1622.